
Diário de Bordo: Ensaio Orixá Oxum
“Alô, alô? Planeta Terra chamando…poderia ser um Diário de Bordo de Lucas Silva e Silva, mas é muito melhor: é o Diário de Bordo do Jornal do Templo Sol de Aruanda! Nesta edição, iremos contar como foi a experiência de realizar um ensaio/editorial, no Ponto de Força da Orixá Oxum.
A ideia foi de uma colega jornalista da nossa equipe do jornal, que ao final não pode ir, mas a ideia contagiou boa parte da equipe. Pessoas lindas e fantásticas que tornaram realidade um sonho que parecia possível, mas distante.
Cachoeira da Caceia (Mairiporã/SP)
O local escolhido para o projeto foi a Cachoeira da Caceia, localizada na região de Mairiporã, a menos de uma hora de São Paulo. Recebe água através das nascentes da Represa Paiva Castro e do Sistema Cantareira. Em meio há uma vegetação robusta, ela apresenta três pontos de queda d’água e apesar de ser modesta em dimensão – o que lhe dá até um ar de aconchego – ela não perde em energia e eminência: era possível sentir uma vibração de altivez e ancestralidade no lugar.
O Ensaio
Ancestralidade: esta foi a palavra de ordem. Como seria fazer um ensaio com a energia da Orixá Oxum, sob o viés da Umbanda Sagrada? Essa era uma pergunta que não saía de minha cabeça. Durante o caminho, pensamos e conversamos sobre isso e, aos poucos, com o conhecimento de cada uma, a resposta se fazia imagem. Buscamos por inspirações de várias fontes, mas acabamos sendo levadas pelo sábio caminho da intuição e do saber; o caminho do desejo de homenagear a Mamãe Oxum, respeitando a sua pluralidade e formas de representação. Caímos no caminho da História e do Passado, encontrando assim, a Ancestralidade. Confiamos na nossa ‘Mãe dos Rios’; lhe entregamos a nossa Fé, e ela retribuiu nos acolhendo em Amor. Dessa forma, esse ensaio foi concretizado. Aliás, um aprendizado que guardarei para os próximos: “Teve uma ideia, uma proposta? Não pergunte, FAÇA! Faça, porque o olhar sensível e astuto de Karina Amorim, irá registrar! Ela transformará seres e objetos em arte, meu amor! Maneira comum entre editoriais para não perdermos o tempo e nem a inspiração.
A cachoeira é de fácil acesso: a entrada se dá em um restaurante e ao lado, fica a trilha de menos de uns cinco minutos, onde logo se vê a vegetação, acompanhada por uma belíssima piscina natural. Logo na pequena trilha, encontramos um faceiro anfitrião: um cachorro preto, muito manso e simpático, que transitava despojadamente entre os frequentadores.
Depois do cafézinho passado na hora, de toda a produção de flores, elementos, roupas e acessórios, entramos numa sintonia harmoniosa, onde havia apreço e apego aos detalhes, sem qualquer pressão ou críticas. Estávamos em comunhão, com um propósito muito além de tirar fotos. Era o propósito de transpassar em imagens o amor à Orixá, sua força e fertilidade, com respeito aos ancestrais.
E que modelos tivemos! A Juliana Kleine, com vigor e disposição, representou a fertilidade e muito mais do que isso, se fez graça! Vendo-a posar, tive a impressão, diversas vezes, de que ela levitava, apesar de carregar o peso de dois corações!
A Fernanda Felix, por sua vez, trouxe o balanceamento, tornando-se força e resistência ancestral. Duas mulheres distintas, mas no auge da beleza e dos encantos do Sagrado Feminino!
E a equipe deu um show de competência e entrega! A Fabi Quarterola, a artista do rolê, sempre pronta para auxiliar e atenta aos detalhes; a Aline, sempre criando e moldando os “cenários” para as fotos; e eu, atendendo e aprendendo num ambiente tão feminino e acolhedor. Vou citar também Fernando Rolan, que estava sempre “à postos” para cuidar ‘de suas moças’ (a companheira e a herdeira), e integrar a nossa equipe. E claro que irei destacar o talento e profissionalismo sem igual da Karina Amorim, a nossa fotógrafa!
A propósito, foi a primeira vez em que visitei uma cachoeira! Sempre fui do tipo de pessoa que detesta ficar molhada e passar frio e que evita lugares naturais, por conta da iminência de mosquitos, mas me surpreendi com o quanto fiquei à vontade. Não foi apenas pela energia daquele ponto de força, mas também pela companhia das pessoas. Me senti tão acolhida e livre para ser eu, sem qualquer máscara ou cobranças! Essa é uma das sensações desse dia que irei guardar para sempre!
Quando eu fui na cachoeira, eu fui abraçada e acolhida pelos braços de Minha Mãe Oxum, e renasci. Em suas águas geladas me reconheci, me enxerguei de verdade, como se olhasse através de seu próprio espelho. A partir desse poderoso ritual, tive a certeza de que era merecedora de estar ali.
Serei eternamente grata por cada uma de vocês por isso. 😉
Cachoeira da Caceia: Como Chegar?
Estr. Armando Barbosa de Almeida, 6300 – Mairiporã.
CEP: 07600-000/SP
Instagram: https://www.instagram.com/p/CXMTNgZF4e6/?utm_source=ig_web_button_share_sheet
Fonte: Guia Folha
Data de acesso: 08/05/2025
Angelina Nunes 🙂














































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