
Ser peixe é isso…
Zé Canoeiro nos diz:
“Nós vamos sair um pouquinho do rio e entrar no mar, nos domínios de Mãe Iemanjá. Não tenha medo. As águas de Iemanjá são intensas e profundas. Elas escondem muitas coisas que os nossos olhos não veem, mas que são de imensa importância na criação de Deus. Chegando nos domínios de Mãe, percebemos que as águas se movimentam de forma constante. Não há estado de paralisação; o movimento de criação está sempre presente. A criação de Deus está sempre em movimento, sempre criativa, levando embora o que não serve mais e trazendo o que é novo, trazendo a força da criação para gerarmos o que precisamos para o nosso crescimento espiritual.
Quando se entra nesse domínio de Deus, de frente para o mar, deve-se honrar e agradecer todo o amparo criativo que recebemos do alto, porque, sem ele, estaríamos frequentemente diante de uma parede sólida e não saberíamos como contorná-la. Por isso, quando estiver diante da casa da Rainha do Mar, agradeça, mesmo que silenciosamente, e pulse essa gratidão a partir do centro cardíaco, emanando-a em direção à imensidão do mar. Agradeça à Mãe por todas as vezes em que ela, por meio de suas vibrações aquáticas, inundou seu coração com a força necessária para geração de coragem, disciplina, luz e de todas essas coisas que vocês buscam nessa terra.
A Mãe do mar vê esse vazio nos corações de seus filhos-peixes, perdidos na grandiosidade do mar, e preenche esse espaço com sua luz, encorajando-os para que continuem nadando e buscando águas mais calmas. Essa reverência à Mãe do mar se faz necessária nos dias de hoje, principalmente quando muitos sentem falta da coragem necessária para darem o próximo passo na caminhada da vida. Mãe Iemanjá vê seus peixes morrendo, estagnados e acorrentados na própria dor, incapazes de baterem suas nadadeiras para se salvarem. A Mãe se compadece e chora. Quando você estiver paralisado e perceber que se encontra amarrado ao mesmo desafio, ou bloqueado pelo mesmo recife que te impede de prosseguir, reze para a minha Mãe. Firme a cabeça na Deusa do mar. Cante para ela e peça a sua ajuda. Abra o seu coração inerte e, do mesmo jeito que minha Mãe pulsa suas energias divinas, pulse e vibre o seu coração na direção dela.
Depois que você abriu seu coração e saudou a Mãe Sereia, mergulhe em suas águas salgadas e lave, purifique tudo aquilo que te paralisa. Transforme-se em peixe e contorne o muro que bloqueia a sua passagem. Nade com todas as suas forças em direção à fonte da Geração Divina. Quanto mais você bater as suas nadadeiras nessa direção, mais você se abrirá para receber os recursos de que você precisa para alcançar as águas mágicas de Deus. Ao sair das águas de minha Mãe, volte a sua atenção para ela mais uma vez e, em silêncio, agradeça a benção que veio do mar; agradeça a benção que veio da água que nunca para de se movimentar.
Ser peixe, ser filho da Sereia é isso: é estar sempre em movimento para a criação de uma condição de vida melhor; é nunca parar de bater as nadadeiras, porque sabe que, se parar, afunda nas profundezas da inércia. Ser peixe é isso: é nadar rumo à Mãe primordial, àquela que te receberá em seu reino com o amor de Mãe. Agora, ponha os pés na areia seca desse mundo, mas nunca perca a conexão com o mar. Não se esqueça de que lá mora a sua Mãe que faz de tudo para que você sempre tenha forças para nadar.”
Seu Zé Canoeiro
Psicografado pelo médium Diogo Silva
Nota do médium:
O Seu Zé, quando finalizou a mensagem, disse o seguinte para mim: “Menino, essa mensagem é para você e para quem mais ler esse jornal que vocês fazem. Hehehe… Vou voltar para o rio, onde eu trabalho. Mas, quando eu me sentir vazio e inerte, pode ter certeza que vou para o mar conversar com a minha Mãe.”
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